Mantras

O PODER DE CURA DOS MANTRAS

Ouça, cante e seja feliz!


Om purnam adah purnam idam
Purnat purnam udacyate
Purnasya purnam adaya
Purnam evavasisyate


“A personalidade de Deus é perfeita e completa, e por ser completamente perfeito, todas as emanações dele, tais como este mundo fenomenal, são perfeitamente equipadas como o todo completo. Tudo que é produzido a partir do Todo completo é também completo em si mesmo. Como ele é o todo completo, muito embora muitas unidades completas emanem dele, ele permanece o equilíbrio completo”

O som move a mente e o coração, influenciando-nos níveis subconsciente, consciente e super consciente. Ele pode penetrar profundamente e alcançar nossos desejos mais profundos.

O som controla a consciência, que se molda na forma de sons e palavras articuladas. Queiramos ou não os sons têm uma capacidade imensa de condicionar a nossa consciência. De fato, a maior parte do condicionamento ocorre na forma de sons e palavras, nas quais deriva a educação que estrutura a nossa mente. Quer como palavras, quer na forma de música, nenhum outro potencial dos elementos manifestados na natureza apresenta tanta capacidade para nos afetar como o som.

Mudar nossos modelos de som equivale a mudar a estrutura vibratória de nossa consciência. Há muitas formas de usar o som na cura, desde o próprio aconselhamento, em grande parte verbal, até a música. A terapia do som usada a milênios pelo tratado de medicina mais antigo do mundo o Ayurveda, é a terapia dos mantras.

Mantra quer dizer o “instrumento da mente” e também significa “aquele que protege”,  a mente, Manas. O controle da mente e  o desenvolvimento das capacidades ocultas que lhes são peculiares vem a luz por meio do poder dos mantras. Este é o método principal no tratamento da consciência (Chitta), e se presta a cura de todos os níveis da mente. Internos e externos. Ele pode alterar ou erradicar latências e impressões profundas. Por esta razão é a principal terapia ayurvédica para tratar os problemas psicológicos, e pode ser muito útil para problemas físicos. O som do mantra muda o tipo de vibração da consciência. Trata-se de um método direto para lidar com a mente. É muito mais útil entoar regularmente um mantra do que ficar analisando os nossos problemas psicológicos. Mantra altera de um modo positivo o campo mental.

A ciência e a tecnologia nos oferecem maior conforto material, porém perdemos a capacidade de apreciar o Divino. Estaremos desamparados enquanto permanecermos a mercê da embriagada “mente de macaco”, pulando de galho em galho na arvore dos desejos. Portanto aquieta a mente e compreender a diferença entre necessidade e desejo é nossa primeira tarefa. Autoconfiança fraternidade universal, e contentamento, são as três pedras fundamentais sobre as quais podemos construir uma nova estrutura de vida que irá fortalecer nossa vontade e domesticar a mente macaco.

Ansiedade angustia insônia, insatisfação, raiva, orgulho arrogância, rispidez, presunção ignorância etc., prejudicam a química do corpo. Purificar a mente cantando mantras ajuda a manter um saudável equilíbrio eletroquímico interno.

 Sarasvati Vina











Vicithra Vina












Lord Siva













Este instrumento foi inventado por Siva, o Senhor dos yogues, que também atende pelo nome de Mahadeva. Ele conferiu ao mundo a sua vasta experiência na pratica do Yoga. Seus escritos são considerados Sagrados. Vive nas montanhas aonde se senta e respira o ar livre dos vastos horizontes do oriente. Pratica o cantar de “Mantras” constantemente. “Mantras São Palavras sagradas escritas em” Sânscrito” idioma sagrado da Índia antiga. Certa feita quis ele criar um instrumento que fosse usado para exaltação ao objeto de amor dele, Sri Krishna. Pensando assim caminhou pela floresta, cortou um pedaço de bambu, pegou duas aboboras, retirou-lhes o miolo e prendeu-as ao bambu. Fez cordas de tripas de um animal, a corça e ateou-as ao instrumento. Dessa forma ele criou a primeira Vina e com ela praticou em meditação. Dizem nas escrituras Sagradas da Índia que quando as corças da florestas ouvem-no tocar elas dizem: “Fazei as cordas de minhas próprias entranhas e colocai-as em vossa vina e,enquanto eu estiver viva continuai a tocar”

Hoje na India a Vina é considerada o instrumento de maior devoção. Mahadeva fez o instrumento como auxilio ao corpo e a alma humanos, considerando o seu estado pela manhã, ao meio dia, à tarde, à noite e ao despertar na alvorada. Ele descobriu que a cada um desses períodos do dia e da noite obtinha-se um determinado efeito sobre o corpo e o espírito humanos e que o ritmo mais afim àquele período determinado devia ser psicológica e misticamente prescrito, de modo a elevar a alma. Assim Mahadeva criou uma ciência psicológica da música, ciência esta que recebeu o nome de “Raga” , cujo o significado é emoção, ou seja emoção controlada e direcionada para bons propósitos. Quando Parvati sua consorte, viu o instrumento disse: “ Preciso inventar a minha vina”.

Assim ela tomou de metade de aboboras e produziu uma outra espécie de Vina, a vina Sarasvati. Desse modo existem hoje duas vinas: uma é tocada por homens e outra por mulheres. Neste último instrumento, não apenas são produzidas notas agudas e normais, mas também micro-tons, o que faz com que por este meio, a música se torne mais rica. No entanto para desenvolver a ciência dos micro-tons o processo é tão difícil que leva-se uma vida inteira para dominá-lo.

Mrdangun ou Khol












Sri Krishna
















Mrdangun ou Khol instrumento usado na pratica de Sankirtana - canto congregacional - Onde se dança e canta em estado de êxtase o  maha mantra Hare Krishna.

Como surgiu instrumento a Mrdanga

 Existe na India uma escritura Sagrada chamada Vedanta. Conta-se nesta escritura uma história que diz que Sri Krishna a Suprema Personalidade de Deus, veio a este planeta disfarçado de ser humano. (Channa Avatar). Sri Krishna então disse para flauta que ele não iria levá-la. A flauta ficou extremamente triste porque iria se separar dele e disse: “por favor não me deixe aqui sozinho, eu posso me transformar em outro instrumento e você me leva junto.” Neste momento a belíssima flauta de Krishna transforma-se em um tambor a Kholl ou mrdangum. Chamada pelos ocidentais de Mrdanga.

Krishna então se desfarça de ser humano e nasce como Caitanya Mahaprabhu e a sua flauta desfarça-se como o Tambor sagrado Mrdangum ou Khol.

Nesta época a índia sofria um declínio cultural filosófico e espiritual fazendo com que as pessoas perdessem a sua fé, sentindo-se muito estranhas. O Islã estava impondo suas idéias e confundindo muito as suas crenças, depreciando a religião Védica. Navadvipa era na época a capital da India, situada na Bengala Ocidental. Os muçulmanos, Hindus nesta época viviam em paz. Navadvipa era um importante centro de filosofia. A maior parte dos Brahmanas ortodoxos viviam nesta região e este foi o Lugar escolhido por Sri Krishna para a execução de uma grandiossisima reforma espiritual musical e filosofica.  O espirito renascentista da India foi desenvolvido em torno desta personalidade que passou a ser chamada de Caitanya Mahaprabhu. O poder intelectual seria desequilibrado com a introdução do movimento de Sankirtana- pratica do canto congregacional munido de devoção e amor por Deus. Mas detalhes desta história no blog: http://mantrayogaeayurvedica.blogspot.com

Caitanya Mahaprabhu e seus associados – Sankirtana- Canto congregacional de mantras em Sanscrito

Didgeridoo / Yidaki

Conta a lenda que no início, tudo era frio e escuro. Bur Buk Boon (do povo Yolngu - Aborígene Australiano) ia preparar madeiras para o fogo, a fim de levar a proteção do calor e da luz para a sua família, quando este colocou a madeira na fogueira reparou num tronco oco e uma família de insetos que o ocupava. Temendo que eles se ferissem, Bur Buk Boon encostou a sua boca no tronco oco e começou a soprar para cima, dessa forma foram projetados no céu noturno surgindo as estrelas, então formaram a via láctea e iluminaram a paisagem. Pela primeira vez o som Didgeridoo abençou a Mãe Terra, protegendo-a dos espíritos do Dreamtime, com este som vibrante para a Eternidade.

Os aborígenes australianos acreditam que o mundo teve inicio em um período chamado “Tempo dos Sonho”, onde
espíritos ancestrais totêmicos emergiram da terra e desceram do céu para despertar um mundo escuro e silencioso. Eles teriam moldado as rochas, os rios, as montanhas, florestas e desertos, além de ter criado também os povos, animais e plantas. Eles teriam estabelecido o modelo pelo qual a vida deveria ser seguida, as leis e costumes. Muitos dos rituais, músicas, danças e cerimônias aborígenes tratam da conexão entre o plano espiritual e material.

Estima-se que exista há aproximadamente 40.000 anos, sendo considerado um dos instrumentos mais antigos do mundo.

Estudos comprovam sua poderosa sonoridade, muitas vezes lembrando sintetizadores e mantras, tendo seus sons mais graves entre 70 a 100 Hz. O Didgeridoo pode ser tocado sozinho, pelo puro prazer de emitir seus sons “viscerais”, como também pode acompanhar outros instrumentos, dando uma composição muitas vezes surpreendente.

Considerando a qualidade sonora, os materiais ideais para fazê-lo são espécies de bambu com diâmetro e características favoráveis, como, por exemplo, Madake, Hatiku e Mossô, e outros tipos de madeira, como, por exemplo, eucalipto, agave e embaúba, podendo também ser feito, com perda de sua qualidade sonora, de vidro, tubo de PVC, plástico, papelão e couro enrijecido.

A maioria dos estudiosos do assunto considera que a palavra “Didgeridoo” é onomatopeica (palavra cuja pronúncia imita o som natural da coisa significada), inventada por ocidentais. Mas alguns consideram possível ser ela uma derivação de duas palavras irlandesas: dúdaire ou dúidire, que tem vários significados, como “corneteiro”, “fumante inveterado”, “soprador”, “pescoçudo”, “abelhudo”, “aquele que cantarola”, “cantor de canções populares com voz macia e aveludada”, e a palavra dubh, que significa “negro”, ou duth, que significa “nativo”.
Na Austrália, há pelo menos 45 sinônimos para o nome Didgeridoo, dependendo da tribo ou da região. Estão entre esses sinônimos: bambu, bombo, kambu e pampuu, todos diretamente se referindo a bambu, o que indica, entre outros estudos, que os primeiros Didgeridoos eram feitos de bambu. Há outros sinônimos que, na linguagem dos aborígines, também têm alguma relação com bambu: garnbak, illpirra, martba, jiragi, yiraki e yidaki, sendo esses dois últimos os nomes mais usados para Didgeridoo pelos aborígines australianos.

 
Nay | Nai | Al-Naay - Sopro da vida












No seu site, o músico Ives Al Saharcita que o Nay
é um ícone no que se refere a instrumento de sopro do mundo árabe.Tem caráter profundo e introspectivo, sendo utilizado em canções, taksins e em rituais Sufi.

Rege a lenda que o “nay” é associado ao corpo humano, ambos necessitam do sopro da vida para terem energia vital, onde seu som expressa a vontade do homem de ser uno com Deus.

A utilização da flauta nay pelos egípcios remonta ao século III AC, o nome desta flauta vem da palavra persa "Ney", significando palheta.

O desenvolvimento da flauta nay está ligado à da própria civilização islâmica, em que era um tanto popular, bem como um sério e sagrado instrumento tradicional.

Também é muito expressivo, não apenas de musicas pastoreias, mas também do clássico refinamento estético ou a inspiração mística do dervishes, sufis e inicia islâmica de diversas denominações, incluindo o "redemoinho dervishes" da Turquia.













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